De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.
Analisemos. O planeta possui jardim (Amazônia, embora precise de constantes jardineiros/ambientalistas), pulmão (Oceano, por causa do fito plâncton, responsável por grande parte do oxigênio Terrestre [sim, eu prestava atenção nas aulas de Biologia =D] ), sauna (desertos do Atacama, do Saara), freezer (pólos) e templo (Himalaia). Todavia, o que move tudo isso, qual o combustível?
Resposta: Expectativas.
Sua presença latente nos impele a realizar tudo, da mesma forma que sua semi-ausência (absoluta é impossível) desestimula o impulso de pôr em prática algo previamente planejado. Sábio não é simplesmente aquele que sabe que nada sabe, e sim aquele que, além dos atributos do dito popular, sabe administrar suas expectativas. Vários conceitos circundam esse argumento: auto-controle, planejamento, liderança, coragem, etc. Cada um desses atributos envolve-se na análise ou domínio das expectativas criadas em fatos ou pessoas.
Ah, o charme...
Sua grande vantagem é não estar intrisecamente vinculado à beleza. Beleza é algo instantâneo, brusco, totalmente subjetivo e apenas mais uma característica visual (segundo Bandeira, já citado em post anterior, "beleza é triste"). O charme não. Olhares penetrantes, gestos graciosos, sorrisos envolventes, expressões faciais pertinentes, desenvoltura corporal que transforma um passeio em desfile são alguns dos elementos característicos de uma pessoa charmosa e irresistível.
Marylin Monroe disseminou o conceito de que beleza é fundamental. Contudo, caso deseje ser belo(a) no padrão ocidental vigente, pode recorrer a cirurgias ou tratamentos (basta um pouco de verba disponível para isso) enquanto o charme não pode ser transplantado (se pudesse, seria deveras interessante implantar 15ml dividido em 12 vezes sem juros).
Além da impossibilidade de se obtê-lo artificialmente, ser charmoso é vitalício, você não deixa de ser charmoso(a) com o passar das primaveras/verões/outonos/invernos. E, falando em inverno, inexiste o risco de perder o charme decorrente de uma chuva ou qualquer eventualidade que arruinaria penteados, maquiagens e outros “artifícios” empregados para simular beleza. Pelo contrário, o charme se revela principalmente nos momentos descontraídos (como, espero, o blog seja para você).